A TAM, maior companhia aérea brasileira, é também a que menos está a beneficiar do boom da aviação no Brasil nos últimos meses e em Setembro perde 6,0 pontos de quota de mercado, para 55,9%, embora tenha um crescimento invejável pelos padrões europeus, em 11,2%, mas que fica aquém dos 23,2% de aumento médio do sector.
A perda de quota de mercado pela TAM, parceira da TAP na Star Alliance, centra-se nos voos domésticos, nos quais em Setembro de 2008 tinha 52,8% do tráfego e este ano tem 44,2%, embora cresça 8,6%, porque o crescimento médio do sector atinge 29,9%.
A principal responsável por esta perda de quota de mercado pela TAM é a Azul, a nova companhia aérea brasileira, que em Setembro atingiu 4,7% do tráfego doméstico, muito próximo dos 4,8% da Webjet, que é a terceira companhia que mais ganha mercado este mês, em 1,84 pontos, depois da GOL, que sobe 1,97 pontos, para 41,9%.
Estas três companhias tiveram um aumento conjunto de quota de mercado em 8,49 pontos, enquanto a TAM perdeu 8,66 pontos, e passaram a representar mais de metade do tráfego doméstico brasileiro (51,3%), com a GOL a encurtar a diferença para a TAM de 12,93 pontos em 2008 para 2,3 pontos em Setembro passado.
A evolução da TAM no doméstico, no entanto, é mitigada pelo desenvolvimento do tráfego internacional, no qual é cada vez mais “rainha absoluta”, tendo atingido em Setembro uma quota de mercado de 87,3%, mais 5,18 pontos que há um ano.
O tráfego internacional da TAM cresceu 15% em Setembro, enquanto GOL e Meta perderam, respectivamente, 23,4% e 13,1%.
No conjunto dos primeiros nove meses de 2009, a TAM tem 86,8% do total de tráfego internacional em companhias brasileiras, quando em 2008 tinha 72,4%, reflectindo, de novo, em especial, o decréscimo da GOL, que passa de 26,6% para 13,1%.
Os dados da ANAC mostram, aliás, que a TAM é a única companhia aérea brasileira a reforçar-se no segmento de voos internacionais, tendo colocado em média, este ano, 39,5% do total da sua capacidade em ligações com o estrangeiro, quando nos primeiros nove meses de 2008 tinha 36,9%.
Esta aposta levou a que o internacional represente para a TAM 42,2% do tráfego total transportado de Janeiro a Setembro deste ano, quando em 2008 o internacional representava 39,4%, quando a média do sector decresce de 31,1% no ano passado para 28% este ano.
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